Um país oprimido pelo Estado só terá de volta a nação quando reconhecer de onde veio, onde está e para onde quer ir.
Às vezes, eu gostaria de escrever sobre um país onde tudo estivesse bem, dar aos leitores a certeza de que tudo terminará em paz e prosperidade. Mas essa narrativa, por mais confortável que pareça, apenas anestesia o povo brasileiro, que acaba se acomodando e deixando de perceber os riscos iminentes. Por isso, é necessário um tratamento de choque — só assim poderá haver uma reviravolta real, a partir da conscientização e da reação inteligente dos cidadãos.
Não me iludo achando que alcançaremos todas as mentes, especialmente aquelas já escravizadas pelo sistema, que o defendem sem perceber que estão defendendo sua própria destruição. No entanto, existem pessoas carentes de informações verdadeiras que, ao recebê-las, podem reinterpretar tudo o que estamos vivendo e entender como chegamos até aqui — e, principalmente, o que nos espera se não adotarmos um posicionamento firme, patriótico e acima de ideologias partidárias ou nomes políticos.
O momento exige maturidade, amor próprio e humildade para tomarmos o lado do Brasil. O lado da liberdade, da prosperidade, do futuro. Não escrevo para atacar A ou B, sejam partidos ou personagens públicos. Afinal, muitos dos que eu mesmo confiei e em quem depositei meu voto, ontem e hoje, fazem parte dessa engrenagem.
O passado não se altera. Temos o presente. E a forma como nos posicionarmos agora definirá o futuro da nação. Uma nação que não se resume a Brasília, aos políticos ou às instituições públicas. A nação é maior do que o Estado. O Estado existe para servir à nação.
O sentimento de pertencimento à nação precisa se sobrepor a tudo o que já vivemos e acreditamos. Esse sentimento é o que nos une — nossa busca pela liberdade, nosso desejo por prosperidade, nossos princípios que sustentam a sociedade. É a busca por conhecimento que liberta, que cura e que engrandece; é o domínio do mundo com propósito, sem transformar o homem em senhor do outro homem. É o amor ao próximo, com respeito às diferenças e punição às transgressões. É a consciência ativa, conectada ao Criador. Só depois disso vêm a valorização da cultura e das crenças que nos definem como povo — um povo diverso, que deveria fazer de sua mistura uma força, e não um fator de divisão em cotas, raças ou castas.
Mas a engrenagem insiste em nos fragmentar, pois sabe que, divididos, somos facilmente dominados.
Quando reconhecermos nosso papel nessa grande nação, entenderemos como o Estado nos roubou a chance de prosperar. E essa percepção não exige uma viagem ao passado remoto, mas apenas um olhar atento da minha geração até aqui.
A verdade é que a destruição não teve um só culpado. Foram agentes de todas as vertentes — ideológicas, civis, militares, públicas e privadas. A conivência, a omissão e a cumplicidade se espalharam ao longo de mais de 500 anos. Por isso, isentar qualquer grupo é, no mínimo, ingenuidade.
Tivemos, sim, personagens isolados que, como João Batista, pregaram no deserto em momentos pontuais da história do Brasil. Eram vistos como lunáticos. Mas com a internet, vozes se uniram. O sistema tremeu. Mentes se abriram. Cada cidadão que passou a questionar, tornou-se perigoso para essa estrutura. E a engrenagem não surgiu do nada, começou silenciosamente nas escolas.
A história contada como verdade inquestionável inverteu papéis: heróis se tornaram vilões; vilões, heróis. As mentes infantis se tornaram laboratório fértil para a destruição. Foram décadas de ataques: da retirada do ensino religioso à imposição da ideologia de gênero; da eliminação do foco em português e matemática à introdução de pautas de sexualização precoce. O que deveria ser o ambiente mais seguro e promissor tornou-se o mais perigoso e infrutífero.
Mas quem formou os professores? As universidades. Lembram-se do tempo em que bastava o magistério no segundo grau para ensinar? Hoje, a maioria dos que cursam pedagogia nas universidades públicas sai de lá pronta para doutrinar, e não para ensinar. Digo isso com respeito aos bons pedagogos, que conhecem e enfrentaram a batalha ideológica. Muitos hoje são perseguidos dentro da própria categoria por nadarem contra a correnteza.
E quanto à destruição dos valores cristãos e do respeito pela família? A autoridade dos pais foi dissolvida. Os papéis foram confundidos por um feminismo tóxico. A juventude foi alimentada com rebeldia. O lar — berço de formação e de princípios — tornou-se um lugar desacreditado, atacado. O Estado “adotou” os órfãos que ele mesmo criou, assumindo funções que pertencem aos pais e deformando consciências com uma educação enviesada. O Estado se tornou o novo deus, enquanto a sociedade marcha, silenciosa, rumo ao matadouro.
E a Justiça? As academias de Direito foram infestadas de mestres humanistas, doutrinados a formar militância. Esses formandos hoje ocupam os tribunais, as classes, os altos escalões do funcionalismo. São eles que defendem o indefensável e promovem absurdos sob o nome da lei. O politicamente correto assumiu a liderança de todas as instituições. Consciências cauterizadas dominam o Estado e subjugam o povo que desconhece sua força. O crime organizando patrocina de artistas a estudantes de direito que se tornarão seus advogados e juízes parciais.
Filhos mandando nos pais se tornou normal — e esse modelo contaminou todas as relações. A inversão de hierarquias é visível: a criminalização da polícia e a vitimização de criminosos permitiram que facções tomassem territórios. Os advogados mais bem pagos são os criminalistas — afinal, só seus clientes podem pagar, e pagar muito. Já os cidadãos honestos mal conseguem se manter.
Trabalhamos metade do ano só para pagar impostos. E o retorno? Esbanjamento estatal e esmolas disfarçadas de política social: bolsa disso, bolsa daquilo, “pé de meia”. Gerações reféns de assistencialismo e desmotivadas para produzir. O debate sobre legalização de drogas e aborto é apresentado como progresso, mas é, na verdade, um pacto de morte consentida.
Partidos são criados para representar interesses escusos: de criminosos, traficantes, corruptos e até de países estrangeiros. E são sustentados com o nosso dinheiro. Pagamos para manter estruturas que tramam nosso fim. E quem tenta prosperar, trabalhar, empreender... é visto como criminoso. Veja o que fazem na Amazônia! A desesperança leva à migração interna. O Norte se esvazia, o Sul resiste como pode. E o Brasil, gigante, segue como um eterno país subdesenvolvido.
Hoje, mal mandamos em nossas próprias casas. A violência faz mais vítimas que guerras. O cidadão de bem não pode se defender, enquanto os “direitos humanos” defendem os vilões. A inversão de valores atinge seu ápice — e o único grupo que resiste são os cristãos, justamente os mais perseguidos da história.
O país está entregue a um único poder: o Judiciário. À revelia da Constituição, que já nasceu comprometida. O currículo dos ministros diz tudo: ex-advogado de terroristas, ex advogado do PT e "amigo do amigo do meu pais", defensor do MST, advogado do PCC que precisou Teori Zavascki morrer para que ele assumisse. Outro, ex-advogado do Lula, completa a equipe. Um comunista assumiu a vaga de Lewandowski que, como ministro da Justiça, quer nacionalizar as polícias. Será preocupação com segurança ou controle social? Todos esses ministros passaram pela sabatina do Senado, o que revela o comprometimento dos partidos com interesses que não são os do povo.
Concentrar o poder militar e policial nas mãos do Executivo Federal é o sonho de todo ditador. E eles têm pressa. O crime político-jurídico está organizado, mantendo um modus operandi que inocenta bandidos à luz do dia e prende inocentes às sombras da lei. É isso que dizem estar salvando a democracia?
E enquanto exigem que provemos por documentos impressos ou digitais quem somos para tudo, não temos o direito de saber se nosso voto foi computado corretamente. As urnas são "invioláveis", embora nenhuma democracia séria as use sem algum mecanismo auditável. Quem questiona, hoje, pode ser preso.
Cada cidade sabe sua dor. Cada estado conhece seus algozes. A falta de saúde, educação, segurança, infraestrutura — não é acidente. É parte do plano. Dividir para dominar. Manter o povo dependente. Impedir que produtores e empresas cresçam. Odiar cristãos e a classe média é parte da estratégia de inversão de valores, onde prosperar é crime, e destruir é virtude. Qualquer iniciativa que tire o povo das mãos do Estado é uma ameaça e precisa ser banida.
O Brasil, com sua riqueza, deveria ser potência. Mas a engrenagem nos mantém pobres, dependentes e anestesiados. Algumas frases precisam ser repetidas:
- "Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará."
- "O povo é destruído por falta de conhecimento."
- "Outros países não têm o que temos e são potências. Nós temos tudo... e o que somos?"
Quem disse essas frases ainda vive, mas está prestes a ser preso pela engrenagem. Qualquer um que fale a verdade, compartilhe conhecimento e lute pelo Brasil será perseguido.
Temos tudo: rios, mares, montanhas, sol, neve, flora, fauna, minerais. Poderíamos ser autossuficientes. Mas a engrenagem nos arrastou para a dependência. Somos trilionários vivendo como mendigos. Um povo incrível, ainda inconsciente da batalha que enfrenta, desprovido de discernimento e direito ao questionamento.
Estamos sendo entregues, fatiados, sem resistência. Somos um Brasil analfabeto funcional de dimensões continentais. Precisamos acordar antes de sermos esmagados.
Essa guerra em que Israel teve que se defender do Regime Islâmico do Irã para poder continuar existindo, mostra que um estado pode destruir e subjulgar seu povo de forma que uma força externa atacar esse estado pode ser a única maneira de salvar esta nação.
Vivemos uma prévia disso, quando quem responde pelo Brasil hoje se declara contra Israel e a favor de terroristas enquanto a nação brasileira é contra o terrorismo e defende Israel. Quando as decisões do estado são claramento contrárias às decisões da nação, essa nação está subjugada e encarcerada em seu próprio território e sujeita a pagar caro pelas decisões do Estado.
Será que a nação brasileira precisará um dia viver uma guerra, em que outros países terão que lutar contra o estado brasileiro para nos salvar? Uma amostra disso é assistirmos os EUA punindo um juíz da suprema corte brasileira por não cumprimento das leis daquele país, enquanto um senado assiste inerte esse mesmo juíz cometendo ilegalidades e até torturas no Brasil. Continuaremos vivendo como se estivessemos numa normalidade quando a nação quer caminhar numa direção, mas se submete ao estado com medo de represálias?
"Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. Quem tem olhos para ver, veja."
Podemos ser os "pregadores" que despertam o povo... ou os omissos que serão julgados pelas próximas gerações. Pior ainda: podemos já fazer parte da engrenagem, com a consciência cauterizada, colaborando com o fim do Brasil. Se há saída, ela começa com conhecimento. E quem tem, deve partilhar como quem alimenta um faminto prestes a morrer.
É uma questão de sobrevivência. E essa luta precisa ser coletiva — para que não consigam mais calar os "pregadores", e uma multidão possa, enfim, desarticular a engrenagem.
Adriana Garcia
Jornalista na Amazônia
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