No passado, Hamã planejou o genicídio dos judeus. Hoje, O Regime Islâmico do Irã planeja. A forca é para eles mesmos.
Desde o seu nascimento como nação, Israel conhece a perseguição. A história do povo judeu é marcada por uma trajetória de sobrevivência, resistência e fidelidade — ainda que imperfeita — ao Deus que os escolheu de forma singular. Nenhuma outra nação recebeu Dele revelações tão diretas e profundas. Foi a Israel que Deus confiou Suas leis, não como imposições, mas como proteção contra os desastres que o pecado causa à humanidade.
Nada faltou ao povo escolhido: diretrizes para a vida espiritual, social, familiar e até militar. As vitórias e derrotas de Israel nunca foram determinadas apenas pela força bélica, mas como reflexo da sua obediência ou rebeldia diante de Deus. Já venceu guerras em franca desvantagem numérica e perdeu batalhas mesmo sendo maioria, pois o Senhor dos Exércitos sempre usou as circunstâncias para honrar a fidelidade ou corrigir a idolatria do Seu povo.
Ser escolhido por Deus é um privilégio incomparável, mas também um peso de grandes responsabilidades. O fato de ser temido e odiado por outras nações acompanha os judeus desde sempre. Não por acaso, até jovens e adolescentes, inclusive mulheres, em Israel são treinados para a guerra. Trata-se de uma sociedade permanentemente vigilante e, por isso, extremamente segura. Quando estive lá, percebi essa prontidão — fruto de séculos de conflito — como uma parte essencial da identidade nacional.
Ao ler a história da humanidade pela ótica das Escrituras, é evidente que o povo judeu já enfrentou, pelo menos em três grandes momentos, tentativas explícitas de extermínio. Duas delas, motivadas pelo medo.
Primeiro, no Egito, quando o Faraó ordenou a morte de todos os meninos hebreus recém-nascidos, temendo que o número crescente de escravos se tornasse uma ameaça. O plano genocida, ainda que cruelmente eficaz em seu propósito imediato, acabou por preparar o cenário para o nascimento de Moisés, educado no próprio palácio de Faraó, e que se tornaria o libertador de Israel.
Mais tarde, na época do nascimento de Jesus, Herodes também sentiu-se ameaçado pelo anúncio de que havia nascido o “Rei dos Judeus”. Em sua fúria, ordenou uma matança de recém-nascidos do sexo masculino, tentando eliminar a promessa. Mas, mesmo diante da brutalidade, o plano divino seguiu intacto: Jesus foi protegido no Egito, cresceu, cumpriu seu ministério, morreu e ressuscitou — como já estava escrito nos céus.
Entretanto, nenhuma dessas ameaças foi tão abrangente quanto aquela vivida no tempo da rainha Ester. Hamã, um dos ministros do rei Assuero da Pérsia, alimentava um ódio pessoal contra Mordecai, tio de Ester, por este se recusar a curvar-se diante dele. Esse ódio se transformou num plano de genocídio contra todo o povo judeu. Hamã conseguiu que o rei assinasse um decreto de extermínio, chegando a preparar a forca para Mordecai. No entanto, o enredo se inverteu: foi o próprio Hamã — e sua família — que acabou executado em sua própria armadilha. Deus interveio, mais uma vez, livrando Israel de um aniquilamento total.
Essa luta espiritual e histórica não terminou. Tive capítulos crueis no Holocausto e agora a ascensão do islamismo radical, particularmente no Irã sob o regime teocrático islâmico, representa um novo capítulo do mesmo conflito milenar. Não se trata de uma religião qualquer, mas de uma ideologia política que odeia Israel e os valores judaico-cristãos. Os que hoje defendem um novo Holocausto também perseguem cristãos em diversos países. A cultura bíblica não é meramente religiosa — ela carrega princípios que sustentam sociedades livres, justas e humanas.
A promessa feita a Abraão, de que todas as famílias da Terra seriam abençoadas por meio dele, permanece firme. Embora muitos judeus ainda não tenham reconhecido Jesus como o Messias, Israel continua sendo o “relógio profético” de Deus, o referencial da Sua ação contínua na Terra.
Jesus fundou a Igreja, e as portas do inferno jamais prevalecerão contra ela. Essa aliança, selada por Cristo, gerou uma instituição viva, dinâmica e eterna: a Noiva que está sendo preparada para o grande casamento celestial. Enquanto isso, o povo judeu segue sua jornada, muitas vezes solitária, enfrentando perseguições e ódios irracionais.
A Igreja aguarda o arrebatamento; Israel, o Messias. Ambos esperam o mesmo Salvador — Jesus — que já veio, viveu entre nós e voltará. A destruição que satanás planeja contra judeus e cristãos é clara: ambos são herdeiros da promessa. O diabo odeia aquilo que Deus ama e, até o fim, tentará destruir o ser humano — alvo do amor incondicional do Criador.
Deus sempre usou Israel como sinal ao mundo. O que acontece ali tem impacto global, seja espiritual, político ou moral. Por isso, a exortação bíblica permanece atual: “Olhai para Israel” e “orai pela paz em Jerusalém”.
A nação que Deus prometeu multiplicar como as estrelas do céu e a areia do mar jamais será exterminada — não foi por Hamã, nem será pelo Irã, nem por qualquer inimigo presente ou futuro. O mesmo espírito que atuou em Hamã age hoje e continuará surgindo de tempos em tempos. Mas a Palavra do Senhor é eterna e irrevogável.
E, assim como Hamã caiu na sua própria armadilha, também cairão os que hoje preparam a destruição de Israel. O que foi planejado contra o povo judeu retornará contra os seus inimigos. Israel, mesmo em luta constante pela sua existência, continua a ser uma bênção entre as nações — na ciência, na tecnologia, na medicina, na segurança e na educação.
Nessa guerra, ao agir somente para manter-se existindo, Israel está libertando o povo do Irã da opressão que ele vive desde 1979, com o estabelecimento da República Islâmica. A bíblia se cumprindo hoje: "Sê tu uma bênção"
Israel não é apenas um território; é um testemunho vivo da fidelidade de Deus. E aquele que guarda Israel jamais dorme.
Adriana Garcia
Jornalista na Amazônia
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