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Os criminosos não levaram o mel, mas mataram milhares de abelhas, destruíram as colmeias e espalharam os destroços.

Na tarde deste domingo, 04 de maio, ao visitar o apiário do Instituto Casa Verde que fica na região do Abacate da Pedreira, município de Macapá, a ativista social e empresária Ana Pires, deparou-se com mais de 40 viveiros violados e danificados. Eles eram as caixas onde as suas abelhas viviam e produziam os favos de mel.  A vítima registrou um Boletim de Ocorrência. O que lhe chamou a atenção é que os favos de mel não foram levados. Apenas as colmeias foram destruídas, ocasionando a morte de milhares de abelhas.

Ana Pires é vice-presidente da Cooperativa Coopermel com vinte e cinco apicultores no Estado e abrange mais de 200 apiários. Segundo ela, outros cooperados já relataram terem sido vitimas de algo semelhante com prejuízos maiores, mas nenhum deles registrou B.O. 

Segundo dados coletados pela Cooperativa, a área de apicultura atingida por esses vândalos é a maior do Estado em concentração de abelhas,  com 70 viveiros. Nas imagens gravadas pela vítima ao chegar ao local, dá para perceber que o objetivo da ação era apenas destruir o apiário. 

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Ana Pires é ferrenha defensora da exploração do petróleo e tem denunciado a ação de algumas ONG's no Estado.

Ana Pires, aguarda apuração do caso que lhe causou um prejuízo incalculável, não apenas financeiro, mas de um esforço, de um cuidado e carinho que ela tem pelas suas abelhas. "Todos nós temos um pet, e o meu são as minhas abelhas. Cada caixa tem uma história. O nosso Estado tem muitas queimadas e cuidar das abelhas é proteger e dar oportunidade a cada ano, para as futuras gerações," lamentou.

Ana relata que o caseiro disse não ter visto nada. "Eu tinha preparado o apiário para duas toneladas de mel esse ano. As abelhas estavam muito fortes" comentou a proprietária do Instituto Casa Verde. Bastou que ela passasse alguns dias sem visitar o local para esse ato completamente injustificado ocorresse.  A vítima não consegue entender a maldade de alguém em destruir abelhas e o trabalho que foi feito ao longo de anos. Ana Pires é conhecida não apenas como artista plástica, mas por suas atividades na medicina naturalista, por sua luta pela saúde dos povos indígenas e pelo seu trabalho desenvolvido no Instituto Casa Verde, um restaurante e Spa com terapias naturais.  Grande parte do que é consumido e comercializado no restaurante, vem de produção própria, inclusive o mel. 

Confira abaixo, um dos vídeos feitos pela vítima ao chegar no local.

Ultimamente, Ana Pires tem se destacado em congressos, seminários e audiências públicas, denunciando algumas ONG's que manipulam os povos indígenas e impedem o desenvolvimento do Estado. Ela também tem sido ferrenha defensora da exploração do petróleo no Amapá, para que todos, inclusive os indígenas que ela chama de "meu povo" tenham acesso a uma vida digna. Em eventos públicos, Ana Pires costuma se vestir com roupas e acessórios da cultura indígena da qual ela é originária e irá representar como delegada na 5.º Conferência Nacional do Meio Ambiente que acontecerá em Brasília, a partir de amanhã, 06 de maio.

Adriana Garcia

Jornalista na Amazônia

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