Hoje cedo, um jovem empresário me perguntou o que eu acho de alguns argumentos que ele recebeu de quem é contra a exploração do petróleo na costa do Amapá e a minha resposta acabou sendo o texto abaixo. Esta semana promete. O Governo do Estado fará uma pré COP 20 de 11 a 13 de dezembro, no museu Sacaca e ouvirá os "povos originários" sobre o tema. Na prática, geralmente, são povos usados para representar ONG's internacionais que os "educam" enquanto os brasileiros nem lá podem pisar. Nossa soberania sendo ameaçada dia sim,e outro também, usando indígenas, quilombolas, ribeirinhos que, ou são beneficiados pessoalmente para defenderem certas narrativas, ou são obrigados a isso.
Bom, eu moro no Amapá e me arrisco a dizer que todas as narrativas, as piores e mais esdrúxulas possíveis, ainda que se concretizem, superam o resultado negativo de não fazer nada. Porém, o que mudará o jogo é a pressão e a presença popular. Só nós podemos lutar pela exploração e pela aplicação dos recursos como deve ser. Inclusive, dia 13 de dezembro, um movimento popular chamado "O petróleo é do povo", fará uma reunião pública no auditório da OAB. Esse assunto deveria estar em todos os lugares. As pessoas deveriam buscar informações e se unir a quem está fazendo pressão pelo desenvolvimento sócio-econômico do Amapá que virá através da exploração das nossas riquezas. Não fazer isso, se torna até um genocídio. Gerações serão condenadas à morrerem na miséria e sem acesso ao mínimo de cidadania. Há um movimento pioneiro no Whasapp chamado "Petróleo no Amapá Já" que se propôs a organizar a sociedade civil para aprofundar-se no assunto e pressionar as autoridades até que a exploração aconteça e depois também, para que o povo do amapá seja o maior beneficiado.
Existem leis sobre o Royalties que garantem alocação de recursos na região onde o petróleo será explorado. Infelizmente, há um complô mundial contra o nosso desenvolvimento e, se não reagirmos, seremos vencidos mais uma vez.E eles usam os próprios "povos originários" para reforçarem esse complô. Se eu fosse os empresários amapaenses, lotaria o evento do governo para contrapor essas narrativas. A verdadeira guerra e de informação. Infelizmente, os canalhas e os mau informados ainda são maioria. Por isso, meu trabalho enquanto jornalista é despertar as pessoas para buscarem conhecimento e encontrarem coragem para defender o desenvolvimento e a prosperidade delas com argumentos.
"Ah, mas farão refino no Pará". E daí? Praticamente não tem refino no Brasil. Se for no Pará, pelo menos é no nosso país. As pessoas ainda não entenderam que é tanto dinheiro envolvido que dá para beneficiar todos os Estados fronteiriços sem que falte nada para o Amapá. O que é nosso, tem que ser aplicado na infraestrutura, educação, saúde, segurança. Tudo isso tem que ficar amarrado nos termos e a população é que precisa acordar. Não é não fazer que resolve o problema. É fazer com a vigilância da sociedade.
"Ah, mas temos várias hidrelétricas e pagamos a energia mais cara". Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Esse problema não se resolverá pelo fato de não explorarmos o petróleo. Entendam e percebam que as narrativas são frágeis. Porém, muitos caem nelas. A questão da energia é o preço da nossa ignorância e passividade perante acordos mal feito e que jogam a conta para a população pagar. Acordos estes feitos por governos que nem mesmo a estrada do Oiapoque fizeram, prova de seu desinteresse pelo povo e pelo desenvolvimento do Estado.
Ah, mas vão deixar o rejeito como aconteceu em Serra do Navio. Não compare a exploração do manganês no passado com a extração do petróleo que acontecerá há centenas de quilômetros do território. Pesquise o Suriname,a Guiana Inglesa e como esses dois países minúsculos deram um salto de crescimento econômico e social após explorarem o petróleo na mesma costa. Pare de preguiça, pois ela custará o seu futuro.
"Ah, mas temos que acabar com o uso do petróleo por causa das mudanças climáticas". Absolutamente tudo que está a nossa volta, deriva do petróleo. O plástico em todos os lugares, carro, componentes de informática, celular, tudo que vc possa imaginar. Então é preciso lutar pela implantação de fabricas locais para aabsorverem mão de obra local, fazendo daqui um polo indistrial dos derivados. MAS TUDO ISSO SÓ ACONTECERÁ COM O POVO BUSCANDO CONHECIMENTO E SE PREPARANDO. Estude o que aconteceu em Macaé- RJ. Eu sei que não há ganhos sem perdas. Mas os ganhos são infinitamente maiores do que as perdas.
Cerca de 57% da população do Amapá vive hoje de benefícios sociais. Ou seja, vive na miséria! Sem perspectivas. Precisamos trazer ciência e tecnologia para esse lugar! Aqui tem matéria-prima de todas as áreas. Aqui tem tudo que o mundo almeja e precisa. E estamos sendo, mais uma vez, boicotados e com o aval de politicos locais que vivem "de quatro" para ONG's internacionais, que reverberam os interesses de ambientalistas enquanto o povo passa fome.
O problema é que parece que a maioria está dormindo. Não entendeu o que pode acontecer de magnífico se houver a exploração. Será a redenção econômica e social do Amapá! E isso se expandirá pelo Brasil. É questão de soberania nacional também!
O petróleo sempre foi um divisor de águas nos países, nas guerras, em tudo. E quando chega a nossa vez, não pode? A transição energética vai demorar. E até ela precisa da exploração do petróleo. Como fazer as placas solares, as estruturas de energia eólica sem os derivados do petróleo? Ou seja, o petróleo é indispensável para a transição energética. Ele não concorre. Ele é o que vai dá o suporte. Fora que não há como implantar tudo de uma vez de energia limpa. Sobre isso, o Amapá já é exemplo de energia renovável e não pode ser penalizado sendo o Estado que já faz a lição de casa.
A pergunta é. Por que o petróleo mudou a economia de tantos países e agora para nós ele virou o vilão? Países que já não têm nada para explorar querem nos impedir de nos desenvolvermos, querem nos manter num lugar que tem que ficar intocado? Num tipo de "santuário" com pessoas morrendo de fome. Seriam os povos que aqui vivem o sacrifício humano desse "santuário"? Mas o problema maior é que existem canalhas e existem os desinformados. E juntando os dois, ainda são maioria. Se o povo do Amapá não buscar conhecimento verdadeiro, vai virar farelo de novo, e sempre.
"Ah, os índios não querem estradas, não querem a extração do petróleo". Mentira. Existem indígenas fazendo estradas, praticamente, com as próprias mãos, pois passam 4h numa embarcação para chegarem num posto de saúde no Oiapoque, sendo que fariam o mesmo trajeto em 20 minutos se fossem por via terrestre. A falta de estradas está matando indígenas que não recebem socorro a tempo. Há muitos indigenas que não falam dessa e de outras realidades por medo de retaliação da FUNAI e ONG's. Eles estão reféns disso. Os unicos que se dão bem são os que se curvam e acabam representando os interesses internacionais e não de seu povo.
O Dep. Estadual Del. Inácio, mora no Oiapoque. Várias reuniões já foram feitas lá, inclusive uma audiência pública e ele garante que os caciques e índios ouvidos querem o desenvolvimento, querem a exploração do petróleo na região.
É por causa dessas narrativas plantadas e repetidas por organismos internacionais travestidos de interesses de preservação ambiental, que vamos continuar com a nossa economia quebrada! Sem perspectiva de futuro. A juventude indo embora! Ninguém que quer a exploração está a favor de destruição da Amazônia. Não é algo incompatível. Há muitas formas de explorar e sem dano ou com o mínimo de dano. Inclusive, a PETROBRAS é uma das empresas que mais cumpre suas responsabilidades ambientais e é detentora de vários selos de qualidade nessa área.
O povo que tem que lutar.. As narrativas estão aí. Cai quem tem preguiça de estudar, pesquisar e ir em busca da informação verdadeira.O petróleo não vai sair da nossa vida nunca. A menos que queiramos voltar à idade da pedra! Ele não é o vilão. Ele é o ouro preto que já elevou várias nações e prosperou vários povos. Mas o amapaense que não quer enxergar isso, vai enterrar de vez seu futuro próspero com essas narrativas de quem manda e desmanda no nosso país. Lamentável. Fomos sequestrados! Somos reféns e defendemos nossos sequestradores quando engolimos suas narrativas.
Já há terras demarcadas demais para indigenas. O pior que fizeram isso de propósito, justamente onde o solo é mais rico. Coincidências... Exploram o solo dessas terras demarcadas e levam nossas riquezas, clandestinamente. Nós não podemos entrar lá. Mas os estrangeiros entram e fazem a farra. Os indígenas que estão perdendo de todos os lados! Usam eles para saquearem nossas riquezas! As riquezas DELES também. Aí eles não ficam com nada, mesmo tendo tudo. Morrem sem dignidade mínima.
Essa conscientização tem que começar. A outra opção é desistir. O fato de ter corrupção e termos políticos comprados para manterem o atraso, deve ser um fator motivador. Enfim, até para eu lutar pela conscientização na próxima geração, eu preciso começar a fazer algo agora e manter esse algo até o fim da minha vida aqui. Nós, que temos um pouco mais de conhecimento e recursos, é que temos que representar os interesses dos que nada têm. Temos que falar por eles. Lutar por eles. A hora é agora. Senão, o Brasil vai seguir acorrentando desde onde ele começa, da cabeça, chamada Amapá, da riqueza chamada Amazônia.
Adriana Garcia
Jornalista na Amazônia
Jornalismo como deve ser