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 predio macapa

São muitas rachaduras e algumas delas, são tão grandes que dá para colocar o dedo dentro dos espaços.

A visita ao local e o cenário encontrado

Na manhã desta sexta-feira, 05, estive pessoalmente em frente ao Shopping Popular, no centro de Macapá, onde conversei com alguns empreendedores que estavam no local.

Por que o Shopping Popular foi interditado

É importante lembrar que a interdição do espaço pela prefeitura, realizada no dia 21 de novembro, ocorreu após análises da Secretaria de Obras, da Defesa Civil e de um laudo detalhado elaborado por um engenheiro especializado. O documento apontou problemas graves que colocavam em risco a vida de quem trabalha ou circula pelo prédio.

A assistência da prefeitura aos empreendedores

Diversas secretarias municipais atuaram na logística e na retirada dos empreendedores. A Secretaria Municipal de Ação Social distribuiu mais de 200 cestas básicas, e a prefeitura enviou um Projeto de Lei criando o auxílio-aluguel, no valor aproximado de R$ 3 mil. O PL foi aprovado por unanimidade na Câmara de Vereadores esta semana.

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Empreendedora mostra rachadura no seu box. "Quem tem coragem de vir trabalhar ou comprar aqui?"

Realocação, auxílio-aluguel e novos espaços provisórios

O processo segue para pagamento e deve reduzir os danos financeiros enquanto a prefeitura busca um local adequado para realocar os 114 empreendedores, garantindo estrutura e preservando a renda deles. Outros 7 empreendedores da praça de alimentação também serão realocados, mas necessitam de um espaço específico. A Feira do Caranguejo já tem endereço provisório definido: a rua Rio Maracá, atrás da antiga Iamada.

A obra realizada na gestão do atual governador

A obra do Shopping Popular foi executada durante a gestão do atual governador, quando ele ainda era prefeito. No dia da interdição, viralizou um vídeo em que Clécio afirma que 90% da obra foi concluída na sua gestão, o que gerou forte crítica diante da qualidade duvidosa da construção.

predio mcp

As rachaduras estão até no chão. Empreendedores que acionaram a prefeitura e ela, após análise e laudo, interditou o local.

Vídeos, controvérsias e disputas de narrativa

Em seguida, alguém do Corpo de Bombeiros do Amapá — órgão vinculado ao governo estadual — gravou um vídeo garantindo que não havia risco de desabamento. A controvérsia se instalou, mas a realidade é evidente: as rachaduras são visíveis e aumentam a cada dia.

O laudo técnico, o CREA e a falsa acusação de fraude

O CREA-AP informou que o engenheiro responsável pelo laudo não estava inscrito no conselho estadual. Isso espalhou a falsa narrativa de que o laudo seria inválido. Mas o profissional é especializado e registrado no CREA-PA, apto a elaborar o documento. A questão é apenas uma infração ética, sem qualquer efeito sobre a validade do conteúdo técnico.

predio popular

Empreendedor pediu na justiça para tirar a interdição, contrariando a vontade da maioria, ignorando os riscos reais e visíveis.

A ação no Ministério Público e a influência política

Com base nesses dois fatores — o vídeo  e o laudo do Corpo de Bombeiros e o questionamento do registro junto ao CREA _AP de quem assinou o laudo contratado pela prefeitura— um empreendedor, supostamente induzido por alguém do governo estadual, entrou com ação pedindo suspensão da interdição. 

Empreendedores rejeitam retorno ao prédio

Os empreendedores não querem voltar ao prédio porque temem uma tragédia. Eles ficaram indignados com a atitude do empreendedor que entrou com a ação, pois entendem que isso atrapalha o processo de realocação e o pagamento do auxílio.

O esforço do governador para preservar sua imagem

Fica claro que o governador Clécio está tentando preservar a imagem de que o prédio construído em sua gestão não apresenta riscos. A tentativa de desacreditar o laudo e incitar protestos para retorno ao local revela o uso político de um problema real.

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A prefeitura fez o que tinha que fazer e agora os empreendedores aguardam o novo local para retomarem as vendas.

A incoerência das acusações contra o prefeito

Os próprios empreendedores buscaram a prefeitura inicialmente. Portanto, é incoerente alegar que o prefeito está explorando a situação politicamente. A crise não foi causada por sua gestão, mas cabe a ele resolvê-la — sem qualquer benefício político evidente.

O que dizem os representantes dos empreendedores

O presidente da associação dos empreendedores, Paulo Felix, enfatiza que mais de 200 famílias dependem do espaço.
Ele afirma:
“Estamos correndo sérios riscos de vida. A prefeitura interditou para nos proteger. Um empreendedor, que não nos representa, foi manipulado para fazer denúncia infundada.”

Denúncias de aliciamento, suborno e manipulação

O vice-presidente Fábio denuncia tentativas de aliciamento:
“Estão usando de má-fé, subornando empreendedores para negar a realidade. O prédio tem graves rachaduras e paredes caindo.”

A empreendedora Luzia também relata:
“O governo não apoia em nada. Ao contrário, atrapalha. Mandam pessoas para nos aliciar contra a prefeitura. Clécio deveria ajudar, independente de partido.”
Ela mostrou seu box com a parede abrindo e questionou:
“O secretário teria coragem de trabalhar aqui dentro?”
Luzia ainda relata ter recebido oferta de R$ 4 mil para assinar documento contra a prefeitura.

predio prefeitura

O presidente da associação, Paulo Félix, disse que quem é contra a interdição, deveria ir lá ver pessoalmente a estrutura do prédio.

Prejuízo às famílias e insegurança sobre o auxílio

A empreendedora Érica afirma que estava tudo certo para o pagamento do auxílio-aluguel e, após a ação contra a prefeitura, não sabe como ficará. Para ela, as ações induzidas pelo governo prejudicam as famílias.

Por que protestos contra a prefeitura são suspeitos

Os relatos de aliciamento feitos por mais de uma pessoa, mostram que protestos contra a prefeitura são suspeitos, baseados em narrativas políticas e não na realidade vivenciada no prédio.

A postura resolutiva do prefeito Furlan

O prefeito Furlan tem atuado com responsabilidade e serenidade, envolvendo todas as secretarias necessárias para minimizar prejuízos e encontrar soluções.

O paralelo com o caso do Aturiá

A situação lembra o caso do Aturiá: a prefeitura tinha ordem de serviço assinada, mas o governo estadual assumiu judicialmente a obra — que até hoje não foi entregue. Se a prefeitura tivesse realizado, já teria completado um ano de entrega.

Interferência estadual e prejuízos à solução

O Shopping Popular é responsabilidade municipal. A interferência do governo estadual apenas atrasa o processo e não traz solução.

A diferença entre as posturas de Clécio e Furlan

Enquanto Clécio insiste em proteger sua imagem, o prefeito Furlan tem adotado postura conciliadora. Durante a Expofeira, por exemplo, o prefeito incentivou a participação do público e disponibilizou ônibus gratuitos, mesmo sendo um evento promovido pelo Governo Estadual.

O desgaste da população com velhas práticas políticas

A população amapaense está cansada de práticas políticas ultrapassadas e prejudiciais. As pessoas estão emocionalmente exaustas diante de tanta disputa e tão pouca solução.

A necessidade urgente de priorizar a população

Chegou a hora de os gestores colocarem os interesses da população acima dos próprios. Quem faz isso conquista respeito. Quem não faz, tenta perseguir quem trabalha.

Adriana Garcia

Jornalista na Amazônia

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