"O Amapá já deveria ter se preparado para essa exploração", diz empresário
No dia 04 de fevereiro, entrevistamos o empresário do setor de O & G e conversamos sobre o antes, o durante e o depois da permissão para pesquisa e exploração do petróleo na Margem Equatorial, pela Petrobrás. Ele, que é paraense, mas que reside em Macaé - RJ, há mais de 40 anos, já foi petroleiro e hoje trabalha em áreas que envolvem as atividades da Petrobrás. Inclusive, ele já esteve em polos de outras regiões do Brasil e até em Angola. Sua vasta experiência e sua convivência de perto, morando em Macaé e acompanhando toda a transformação da cidade e região, são de muito valor para a população do Amapá, visto que o estado está prestes a viver essa mesma transformação. Confira ao longo dessa matéria, as cinco partes dessa entrevista
Estar preparado para essa oportunidade é tão ou mais importante do que tê-la. Segundo ele, o Amapá já está muito atrasado e precisa urgente de ações. Não basta dizer que é a favor da exploração. É preciso tomar atitudes que preparem o Estado, a população e as empresas para o que virá. Senão, infelizmente, a mão-de-obra será ocupada por pessoas vindo de outros Estados por estarem prontamente qualificadas.
O Empresário falou também sobre várias profissões que serão necessárias diretamente para as atividades da Petrobrás, bem como a seriedade com que a empresa trata essa questão de ter no seu quadro pessoas preparadas para cada função, garantindo a segurança das operações. Ele disse que não há registros de vazamentos em nenhuma operação já feita pela empresa brasileira que é modelo para outras empresas do mundo inteiro no setor.
Na oportunidade, o experiente empresário também comentou sobre as enormes oportunidades indiretas que surgirão com o crescimento das cidades, com hospitais, escolas. Ele falou que até o pipoqueiro em Macaé - RJ se deu bem, e conseguiu formar seus filhos através do seu empreendimento, devido a movimentação que a exploração do petróleo trouxe para a cidade.
Sérgio Williams já tem feito uma pesquisa de campo no Amapá desde 2016, tendo o Estado todo mapeado quanto as viabilidades técnicas de portos e outras necessidades que chegam junto com o petróleo. Ele percebe o que a população local e até mesmo as autoridades desconhecem. O tempo de formação mínimo do trabalhador técnico para alguns setores e funções é de oito meses e o "Sistema S" em parceria (SESC, SENAI, SEBRAE, SESI, SEST SENAT, SESCOOP, SENAR, SENAC) precisa viabilizar a formação de mão de obra especializada nas áreas específicas que serão necessárias e que não tem no Estado.
Para os moradores do Amapá e da região, essas informações são preciosas e dão um norte para O NORTE.
Adriana Garcia
Jornalista na Amazônia