Numa semana agitadíssima tanto internacional quanto internamente, um dos pontos sensíveis que muito causou tensão e estresse no cidadão brasileiro, foi a novela mexicana do Passaporte de Bolsonaro. Todos nós, cidadãos de bem, honestos, trabalhadores, pagadores de impostos, pais de família e com filhos chorando de fome, estávamos preocupados com as consequências da decisão do Tzar Supremo. Não por questões ideológicas, partidárias ou políticas, não por caprichos de simpatia por este ou por aquele, ou por controvérsias filosóficas e acadêmicas sobre Constituição, Império das Leis, Normalidade e Segurança Jurídica, Independência dos Três Poderes da Nação, ou coisas que o valha. Não, o problema é mais prático e imediato que afeta toda a vida de qualquer pessoa com um mínimo de bom senso: O nosso bolso e nosso futuro neste país.
Bolsonaro foi convidado (de forma totalmente inédita na história dos EUA, por não ser esse o costume de lá), para participar da Cerimônia de Posse de Donald Trump em seu Segundo Mandato de Presidente da nação mais poderosa militar e economicamente falando do planeta. Os EUA são os maiores importadores ou, em alguns aspectos, sozinho este país é o segundo em importância para a nossa Balança Comercial do Brasil. Isso significa que se perdermos este valioso “consumidor”, e ao mesmo tempo "fornecedor" de produtos e tecnologia, de nossa amada “lojinha”, podemos fechar as portas do nosso negócio familiar e começar a mendigar na rua.
Este convite, mais do que uma questão protocolar, embora inédita e surpreendente em termos políticos e históricos, não teve o caráter de servir de pedido de "representação do Brasil”, como Paulo Gonet afirmou como Procurador Geral da República em seu parecer. Não, para Donald Trump é uma questão PESSOAL de sua amizade com o CIDADÃO BRASILEIRO Jair Messias Bolsonaro.
E como um assunto de ordem pessoal também foi tratada a recusa do Máximo Supremo em não liberar o Passaporte desse seu amigo familiar. Óbvio que o convite foi feito premeditadamente, e justamente para testar a insanidade do Imperador que verdadeiramente governa esta República Ditatorial das Bananas e medir até que ponto este Ser Supremo do Olimpo pode chegar em sua sandice. A partir daí o atual Presidente dos EUA irá delinear sua futura Relação com o Brasil.
Muitos amigos meus e correspondentes de fora tanto quanto de dentro do Brasil me expressaram sua tristeza, surpresa e descrença na absurda decisão de, nos últimos segundos do 12º Round desta Luta de Boxe, rompendo com todo o arcabouço jurídico internacional e brasileiro, nesta sexta-feira, inviabilizando assim qualquer possibilidade do translado de Bolsonaro para a nação amiga dos conservadores, finalmente denegar a liberação. Muitos estão deprimidos achando que foi um fracasso. Mas eu discordo. Na minha opinião, foi uma ótima notícia, foi exatamente o que eu desejava que acontecesse.
Explico, se fosse liberado, representaria um gesto de distensão e apaziguamento, enfim uma flexibilização diante de um poderoso – mais poderoso do que a China e seu “Presidente" Ditador em chefe, mais que uma Guerra na Ucrânia e seu agressor russo, do que os fanáticos do Hezbollah e todos os outros que já RECUARAM antes mesmo que Trump assumisse nessa próxima segunda-feira, dia 20 de janeiro, oficialmente e na prática a Presidência dos EUA. Embora que ele já esteja virtual e efetivamente governando desde novembro do ano passado.
Mas não! Então, ficou claro de que lado O GOVERNO E O JUDICIÁRIO DO BRASIL está, e, aliás em total desacordo com a POPULAÇÃO BRASILEIRA EM SUA MAIORIA, e Trump sabe disso. Digo que foi a melhor decisão, para nós brasileiros, pois agora o Governo dos EUA, seu Senado e Câmara Baixa em sua maioria conservadores e com os juízes das Cortes ao seu lado, tem toda a fundamentação moral para atuar e interferir em nossa política interna – sem questionamento de outros países ou da carcomida ONU esquerdista, que não terão desculpas para não permitir que aconteça essa intervenção.
Assim, o que ocorreu e continua ocorrendo agora recentemente na Venezuela com a Coalizão de países latinos (até mesmo esquerdistas) e da Europa, que estão atualmente pressionando Maduro para sua deposição, pode agora refletir o que irá acontecer contra este nosso “desgoverno”. Claro que não na mesma violência esperada para a próxima semana na Venezuela, mas com Sanções Econômicas graves e outros subterfúgios políticos, ações internacionais conjuntas, pressões de grupos econômicos e até mesmo com movimentos de "exercícios militares próximos de nossas fronteiras" contra nós.
Sofreremos, é óbvio, mas uma coisa que eu aprendi quando criança é que é melhor arrancar o esparadrapo colado na pele e nos seus pelos, de uma vez só e bem rapidamente, aguentando essa dor intensa mas rápida, do que ficar amargando e padecendo tentando tira-lo aos poucos e devagar. Se é esse o preço, eu pelo menos estou disposto a pagar.
Créditos do vídeo acima é do Canal Gustavo Gayer Deputado Federal do YouTube.