Momento de celebrar a inclusão e o trabalho conjunto entre a Clínica-Escola Coração Azul e as famílias atípicas

Nesta terça-feira, 9, o belo Teatro Municipal Fernando Canto se transformou no palco de um espetáculo emocionante protagonizado por crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) atendidas nas duas unidades da Clínica-Escola Coração Azul, localizadas na zona norte e na zona sul de Macapá. Alunos, familiares e equipes multidisciplinares encantaram o público em uma cantata natalina que celebrou inclusão, afeto e o fortalecimento dos laços comunitários.

Foi um momento de confraternização, alegria e superação, no qual as crianças puderam expressar seus talentos e reforçar valores essenciais como acolhimento, solidariedade e respeito às diferenças — princípios que norteiam o trabalho desenvolvido pelas clínicas-escola ao longo de todo o ano.

A Clínica-Escola Coração Azul foi a primeira instituição municipal criada especialmente para oferecer atendimento educacional, terapêutico e clínico às crianças com TEA. Desde sua implantação, tornou-se um marco na rede municipal de proteção e cuidado infantil, garantindo acesso gratuito a serviços especializados que antes eram raros e pouco acessíveis na capital.

Na cantana natalina, cada criança, do seu jeito, fez e seu espetáculo e encantou a plateia

Cada criança, uma estrela no palco

Em sintonia com o espírito natalino, a apresentação evidenciou o compromisso da gestão municipal com políticas públicas inclusivas e com o desenvolvimento integral das crianças com TEA e de suas famílias. Cada pequeno participante brilhou do seu jeito: algumas crianças dançaram, outras movimentaram apenas as mãos, algumas preferiram observar em silêncio, e houve quem explorasse o cenário — até pegando o Menino Jesus da manjedoura como quem encontra uma boneca especial.

Muitas se apresentaram com apoio dos pais; outras, acompanhadas pelos profissionais que as assistem diariamente. Em todos os momentos, a emoção tomou conta da plateia, reafirmando que as crianças com TEA são respeitadas, acolhidas e têm seu espaço garantido dentro da gestão municipal. O sucesso da inclusão pôde ser visto claramente na parceria entre poder público, equipes qualificadas e famílias ativamente engajadas.

Os pais saíram maravilhados, as crianças, entusiasmadas, e os profissionais, com o sentimento de missão cumprida.

Depoimentos que emocionaram

Patrícia Pena Pires, diretora da Clínica-Escola da Zona Sul, destacou que o evento é a concretização de um ano inteiro de dedicação:
“Hoje celebramos o resultado de um trabalho feito com amor por uma equipe comprometida, e da parceria dos pais, que estão presentes em todos os momentos. Agradeço ao Dr. Furlan por proporcionar esse espaço de atendimento manhã, tarde e noite, sempre buscando o melhor para nossas crianças.”

Flávio Ayres do Carmo, diretor da unidade da Zona Norte, agradeceu às famílias, aos profissionais e às crianças que tanto se empenharam:
“Sou avô e padrasto de crianças atípicas, e poder viver esse momento com as nossas crianças e suas famílias é profundamente emocionante.”

Mais uma vez, o Teatro Municipal Fernando Canto Lotou. Arte, inclusão e espírito natalino num ambiente lindo!

A secretária de Saúde, Dra. Érica, reforçou seu agradecimento ao prefeito de Macapá pelo olhar sensível voltado ao cuidado das crianças com TEA. Ela também reconheceu o esforço dos profissionais da clínica:

“Agradeço aos pais pela presença. Este é um momento muito especial para todos nós, ao vermos nossas crianças confraternizando e participando de um espetáculo em um lugar tão bonito, que pode, inclusive, revelar novos talentos.”

A mãe do Kauã, sra Helen, amou o evento: "foi muito bem organizado, a questão sonora, visual e a inclusão de colocar esses aqui participando desse momento. Foi muito importante, eu fiquei muito emocionada de ver o meu filho participando e poder registrar esse momento. Meu filho faz parte da clínica-coração azul da zona norte, do turno da tarde e os profissionais são maravilhosos, 100% empenhados , todos tratam as crianças como as crianças merecem". 

Adriana Gacia

Jornalista na Amazônia

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