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 temer moraes

Para Moraes, advogado do PCC, ser indicado ao STF, Teori Zavascki teve que morrer de queda de avião até hoje sem explicação.

O discurso de Michel Temer nesta semana sobre o tarifaço revela os traços claros de uma esquerda educada e elegante que, enquanto for tolerada, sempre abrirá a porteira para a esquerda revolucionária — aquela formada por analfabetos com doutorado, que chegam ao poder para institucionalizar a corrupção e ameaçar a liberdade do Brasil.

Extrairei das palavras dele os principais sinais dessa esquerda covarde, que não se assume, mas se adapta a qualquer poder — e, no fim das contas, casa com o PT.

A frente ampla que elegeu Lula, seja por meio da “cartinha pela democracia”, da omissão cúmplice diante da parcialidade do TSE, da interferência da CIA ou do voto apertado no 13 mesmo com provas fartas de corrupção, é o retrato desse movimento.

Vamos às pistas do político, na sua versão mais pejorativa.

Ele tem um discurso pacificador:

“Sempre pregamos a pacificação do país.”

Ele é politicamente correto e enche linguiça:

“Em momentos em que nada parece estar favorável e em que tudo parece se distanciar de uma solução, de estarmos debaixo de uma tempestade, é hora de procurar abrigo no porto seguro do diálogo.”

Mesmo sabendo que não há possibilidade real de diálogo com quem quer guerra, ele insiste em ser o pivô da negociação impossível:

“Na turbulência, mais do que nunca, é que devemos buscar entendimento, construir consensos, buscar divergências, buscar união. Respirar respeito. É isso que mantém a democracia viva, e um país soberano.”

Ele ataca o lado errado

E cobra postura de quem reagiu, não de quem causou o problema. Continua com sua linguagem culta, impecável — mas repleta de má fé:

“Tudo isso deve começar dentro de casa para depois atravessar fronteiras. Digo isso profundamente entristecido com a taxação despropositada imposta aos nossos produtos e pela lamentável eliminação de vistos dos ministros da Suprema Corte, o que é injustificável e inadmissível.
São inadequações que não se resolvem, contudo, com bravatas, ameaças, retruques, agressões. Resolve-se pelo diálogo que se faz entre as nações — especialmente nações parceiras.”

Ele simplifica o que é complexo — como Lula

Temer fala com suavidade o que Lula já disse com cinismo em relação à guerra Rússia-Ucrânia: o famoso “parem, pessoal”. Mas, enquanto falava em paz, o governo financiava a guerra ao comprar diesel russo.

“Vivemos um momento em que a ação responsável e a experiência não podem ser esquecidas, devem ser praticadas. Em momentos sombrios, sejamos sóbrios.
O bom senso e o cálculo estratégico devem prevalecer, sem jamais partir para um confronto que transforme a situação em uma briga de rua — de brasileiros contra brasileiros, de país contra país.”

Ora, Temer, por que não conversa com o Lula, que vive desestabilizando o país com declarações hostis à maior potência do mundo?

O pecado da falsa equivalência

Temer insiste na falsa ideia de que há excessos dos dois lados, quando está claro que os abusos partiram de apenas uma parte — e deveriam ter sido contidos pelo Senado. Mas foi preciso um homem com coragem e respaldo popular e internacional para enfrentar o sistema.

“Sem excessos de ambas as partes, e sempre rigorosamente guiados pelos tratados internacionais e pela nossa Constituição. É o meu desejo. Obrigado e um mundo melhor para todos.”

Mas Temer evoca tratados internacionais que o ministro que ele próprio indicou ignora — inclusive os de direitos humanos. E, mesmo com a Constituição rasgada, ele a utiliza como argumento para defender quem mais a desrespeita.

A hipocrisia que vem de longe

Além dessa análise do discurso pífio, hipócrita e feito para inglês ver, vale lembrar que o próprio PT, Lula e a esquerda chamaram Temer de golpista, afirmando que seu governo era ilegítimo. Ainda assim, ele defende aqueles que lhe imputaram crimes que nunca cometeu.

Isso não é ser pacificador. É ser frouxo. Sua ruptura com Dilma não se deu por discordar dos crimes cometidos, mas para manter-se no poder, representando um sistema que pretendia se reerguer em 2018 com a candidatura de Alckmin.

Mas havia Bolsonaro no caminho — e ele atrapalhou todos os planos. Alckmin, pasmem, virou vice de Lula e o ajudou a "voltar à cena do crime". Portanto, o discurso do centro não se escreve. O apelo à paz nunca é direcionado a quem provoca a guerra, mas sempre a quem reage.

O momento da ruptura

Em 2021, quando Alexandre de Moraes — ministro indicado por Temer — impediu que o presidente nomeasse o diretor da PF, o Brasil já sabia: a independência entre os poderes havia sido rompida. Era o prenúncio da ditadura institucional que só agora muitos estão reconhecendo.

A expectativa de Bolsonaro de manter-se dentro da legalidade naquele momento era compartilhada por milhões de brasileiros. Mas Temer surge com sua famosa "cartinha", onde Bolsonaro, forçado, se retrata. Resultado? A esquerda continuou avançando, calando a direita e controlando o processo eleitoral.

A confiança cega no ministro errado

Quando Moraes assumiu o TSE, Temer disse:

“Tenho absoluta convicção de que ele não sairá um milímetro do sistema normativo. Em virtude disso, as pessoas precisam ficar tranquilas.”

Tranquilas? Temer sabia que Moraes era o menos indicado para comandar o processo eleitoral, dada sua perseguição notória a Bolsonaro. Mas seguiu defendendo o sistema. E hoje, tenta bancar o herói pacificador.

Temer não quer paz. Quer palco.

Agora, ele critica Trump pelo tarifaço — algo que se resolveria se o seu protegido cumprisse a Constituição. E se solidariza com ministros ditadores que perderam seus vistos, enquanto as vítimas deles seguem presas e torturadas. O mundo civilizado já se sensibiliza. Temer? Dorme em paz.

Temer, economize sua eloquência

Sua compostura não mascara sua hipocrisia sem limites. Você faz parte de uma elite política perita em ludibriar o povo enquanto empurra o país para o caos em doses homeopáticas.

Você criou monstros, sustentou tiranias nos bastidores, e hoje finge buscar a paz. Mas só terá alguma redenção se dirigir seu discurso de pacificação a Lula e Moraes — os verdadeiros incendiários — e deixar de criticar quem, mesmo de longe, ainda tenta salvar o Brasil.

O rei está nu. E quem o sustenta também.

Aos que ainda não perceberam, deixo um alerta: a esquerda engravatada, educada e “pacificadora” é tão perigosa quanto a revolucionária. E quem paga para ver, perde o que tem.

Só há um líder na direita que rompe com esse sistema e tem real compromisso com o Brasil: Jair Messias Bolsonaro. Por isso, até o centrão quer tirá-lo do jogo — e de forma covarde, tenta atribuir a ele uma culpa que sabem que não é sua.

Se houver eleições em 2026, não confie no centrão fisiológico, que ora está com um lado, ora com o outro. Para esse grupo, o que importa não é o país, mas manter-se no poder.

Temer é da velha guarda. Mas uma nova geração de “moderados educados, finos e canalhas” já está a todo vapor.

“Quem tem olhos para ver, que veja.”

Adriana Garcia 

Jornalista na Amazônia

www.palavrasdeadrianagarcia.com

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