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Trump fez denúncias  que vão desde incapacidade de resolver os conflitos mundiais até financiamento de imigração ilegal.

Nesta terça-feira, 23 de setembro, Donald Trump voltou à tribuna da 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York, e o que se viu foi um discurso que ninguém ousou fazer antes: direto, contundente e repleto de críticas à própria organização que reúne quase todos os países do mundo. O presidente americano não poupou palavras, mostrando uma visão crua da incompetência da ONU, da política de imigração global e da agenda climática mundial.

Críticas à ONU: um alerta necessário

Trump começou com ironias sobre a própria sede da ONU, denunciando superfaturamentos à época que foi construída e a falta de funcionalidade de equipamentos básicos durante o evento. “Tudo que recebi das Nações Unidas foi uma escada rolante que parou no meio do caminho e um teleprompter que não funciona. Muito obrigada”, disse, deixando claro seu desapreço pelo que considera burocracia ineficiente.

Mas o ponto central de sua crítica vai muito além da logística: segundo ele, a ONU não cumpre seu papel de intervir em conflitos globais. Trump destacou seu próprio trabalho de encerrar sete guerras em apenas sete meses — conflitos que duravam décadas e nos quais milhares de vidas foram perdidas. “Foi uma pena que eu tive que fazer tudo isso em vez das Nações Unidas. Infelizmente, nem tentaram ajudar”, alfinetou. Para ele, ação é que salva vidas, não cartas vazias com palavras duras.

Política de imigração: um problema global

Outro ponto forte do discurso foi a crítica às políticas de imigração. Trump foi direto: “A imigração está destruindo seus países e é preciso fazer algo a respeito”. Ele falou da entrada descontrolada de imigrantes ilegais nos EUA, denunciando o apoio financeiro da ONU a essas movimentações. Segundo o presidente, seu governo conseguiu reduzir drasticamente o número de entradas ilegais, salvar milhares de vidas de pessoas vítimas de tráfico humano e restaurar a segurança nas fronteiras.

Para Trump, cada nação deve ter o direito de proteger suas fronteiras, algo que ele acusa muitos países europeus de ignorarem por excesso do politicamente correto.  Ele não poupou críticas à Alemanha, Suíça e Reino Unido, descrevendo situações de caos social e aumento da criminalidade vinculados à imigração descontrolada. “Os países vão parar no inferno se não controlarem isso”, alertou, ressaltando a gravidade do problema.

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"A ONU não está resolvendo os problemas. Na verdade, está criando problemas para nós solucionarmos." Trump.

A agenda climática desmascarada

Trump foi ainda mais polêmico ao falar sobre a política climática global. Para ele, a narrativa da mudança climática é usada como desculpa para redistribuir riqueza e destruir indústrias desenvolvidas. Ele criticou energias renováveis caras e ineficientes, questionou a eficácia das turbinas eólicas e defendeu fontes tradicionais de energia como petróleo, gás e carvão limpo.

Segundo Trump, os esforços para reduzir a pegada de carbono na Europa tiveram resultados desastrosos, com altos custos para a população e impactos irreais sobre o aquecimento global. Ele defende que cada país deve ter soberania sobre suas políticas energéticas e que os EUA, sob seu governo, se beneficiaram economicamente ao priorizar fontes tradicionais de energia." Eu saí do falso acordo de Paris, porque a América estava pagando muito mais que qualquer outro país".

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ONU significa líderes de vários países que se reúnem para debater os problemas do mundo e são incapazes de resolver os da sua própria nação. 

Segurança internacional: da paz ao pragmatismo

Trump aproveitou para reforçar sua visão de segurança global. Destacou negociações com o Irã, cessar-fogo em Gaza e atuação na Ucrânia, ressaltando que os EUA agiram onde a ONU falhou. Ele não escondeu seu pragmatismo: a diplomacia, para ele, é baseada em resultados concretos, e não em discursos idealistas. A defesa da soberania, a proteção de cidadãos e o enfrentamento de organizações criminosas e cartéis de drogas também foram pontos centrais de sua fala.

"Esses cartéis são organizações terroristas. São inimigos da humanidade e agora começamos a usar o poder supremo das forças militares dos Estados Unidos para derrotar essas redes de tráfico da Venezuela, lideradas por Nicolás Maduro, e todos os criminosos que levam drogas para os Estados Unidos estejam alertados. Nós vamos acabar com a existência de vocês. Não há outra opção. Já perdemos 300 mil pessoas para o fentanil e outras drogas. Cada barco que chega nos EUA mata mais que 20 mil americanos e não vamos deixar que isso aconteça,” avisou. 

Economia e soberania: a era dourada da América

Trump também enalteceu conquistas econômicas de seu segundo mandato: aumento do salário real, crescimento da manufatura, corte de impostos e fortalecimento do mercado financeiro. Ele apresentou seu governo como a “idade dourada da América”, ressaltando que essas medidas beneficiam não apenas os americanos, mas todo o mundo por meio de investimentos e parcerias internacionais.

Um alerta sem filtros

O discurso de Donald Trump na ONU foi um alerta sem filtros: a organização internacional falha em sua função, a imigração descontrolada ameaça a estabilidade de países e a agenda verde, muitas vezes idealista, traz riscos econômicos e sociais. Para Trump, a ação direta, a defesa da soberania e políticas pragmáticas são o caminho para proteger nações e salvar vidas.

Enquanto a ONU se perde em resoluções e discursos, Trump colocou na mesa uma verdade difícil: líderes precisam agir, não apenas debater. E, para ele, quem ignora essas verdades coloca em risco o futuro de suas nações.

Cada líder deve cuidar da sua soberania, defender o seu povo e honrar a sua história

Trump lembrou os líderes presentes do sacrifício feito pelos antepassados de cada nação e ressaltou a beleza de cada cultura, das características de cada povo que devem ser defendidas, pois isso que torna cada povo único, o mundo mais belo e as nações mais fortes. Para ele é fundamental que as nações preservem o que elas são em essência e a história que construíram.

Ele falou sobre as comemorações dos 250 anos de independência dos Estados Unidos, sendo um testemunho do espírito de liberdade que permeia a nação e sempre será sua marca.  Ele recomendou que as demais nações tomem os EUA como exemplo.

"Espero que outras nações tomem isso como exemplo para renovar os nossos compromissos  e valores tão caros,  para defendermos a livre expressão, protegendo também a liberdade religiosa, porque somos da religião mais perseguida  no mundo - o cristianismo. Queremos guardar e salvaguardar a nossa soberania garantindo que cada uma dessas nações tenha um futuro incrivel". 

O presidente norte-americano levou os lideres que estavam naquela assembleia a uma urgente percepção para que, juntos, possam realmente construir um planeta de paz e um mundo mais rico e melhor para se viver. Convidou a todos para tornar seus países mais seguros, mais bonitos, cuidando das pessoas.

"Todos os líderes do mundo de norte a sul, leste a oeste, hoje representam uma cultura rica e uma herança que torna toda e qualquer nação majestosa e única como nenhum outro lugar no mundo. De Londres a Lima, de Paris a Seul, do Cairo a Tóquio, de Amsterdam a Nova Iorque, estamos sobre os ombros daqueles grande herois e titãs que construíram as nossas nações tão amadas com seu espírito, com a sua habilidade. Nossos ancestrais abriram planícies,  entraram em batalhas, enfrentaram perigos, foram soldados, produtores, trabalhadores, patriotas que construíram cidades, criaram reinos, indústrias em pequenas ilhas que se tornaram grandes impérios. Foram defensores dos seus povos, nunca desistiram e jamais abriram mão dos seus valores. Esses valores definiram nações e identidades e suas visões formaram o nosso maravilhoso destino".

"Todos aqui nessa sala hoje, fazem parte disso de alguma forma. Cada um de nós herdou o legado e os triunfos dos nossos herois e fundadores que nos mostraram o caminho. Eles fizeram tudo para as nações serem defendidas com orgulho, com suor, com sangue, com vida e com morte. Hoje, não é justo pedir que o direito de proteger essas nações cabe a todos nós".

Num discurso claramente antiglobalista, Trump chamou os líderes à razão e deixou claro que o que pode salvar o mundo é cada um cuidar e proteger o que é seu. "Juntos, vamos proteger essas fronteiras, garantir a segurança e preservação das suas culturas e tradições e brigar, lutar por seus sonhos e, em amizade, com uma visão linda para trabalharmos juntos a fim de construirmos um planeta lindo, em que todos nós compartilhamos. Deus abençoe todas as nações do mundo!”

Adriana Garcia

Jornalista na Amazônia

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